de Valter
Guerreiro
Deixa
que dos abismos dos teus medos mil aves cantem
e que a vertigem inominável e vagabunda te enlouqueça
e que dos rios de lava em sangue que o mar não amansou
o teu ventre lúbrico e a tua alma insaciável se levantem
e amem como jamais alguém amou.
Abre os teus braços represos em arcos de pedra escura
e dá-os às alturas e aos abismos ínvios do desconhecido
que da luz e das trevas em voo sem rede se faz o tempo
dos que do tempo sabem que o tempo pouco dura
e vivem como se o ontem não houvesse acontecido.
Deixa que sejas o voo inigualável da pele a arder
e que a vertigem inominável e vagabunda te enlouqueça
e que dos rios de lava em sangue que o mar não amansou
o teu ventre lúbrico e a tua alma insaciável se levantem
e amem como jamais alguém amou.
Abre os teus braços represos em arcos de pedra escura
e dá-os às alturas e aos abismos ínvios do desconhecido
que da luz e das trevas em voo sem rede se faz o tempo
dos que do tempo sabem que o tempo pouco dura
e vivem como se o ontem não houvesse acontecido.
Deixa que sejas o voo inigualável da pele a arder
E desse esplendor ávido e tremendo das vísceras
deixa a vida acontecer!
Valter
Guerreiro
é escritor e poeta
luso de Carcavelos, mas nasceu em Olhão / Portugal, é professor
universitário em Ciências Sociais e Sociologia Geral e Sociologias
Especiais. Atualmente Doutorando em Sociologia e Ciências Políticas.
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